terça-feira, 9 de dezembro de 2008

Último Lançamento: Mulher Moderna Pocket, o seu guia vanguardista.
Um livro que irá lhe demonstrar como agir, fazer e pensar para você ter sua imagem de descolada. Afinal você veio junto ou após o ano de 1968 e precisa honrar essa geração que mantém seus ideais até s dias atuais (?!).

Se divorciar, não casar, trabalhar para se sustentar, fumar charuto, entrar na casa da economia paulista, usar calças...Tudo isso já foi sinônimo de mulher moderna, ou seja, impactos na sociedade da época.

Hoje em dia, olhando a nossa época:
Enquanto estou aqui escrevendo, uma das minhas amigas, no seu melhor estilo alfaiataria, está sentada olhando TV e a outra lê um livro enquanto fuma um “cigar”, num desses momentos “curta a companhia de quem você gosta”. Nós três saímos de cidades pequenas e “aportamos” na metrópole – já que sair de cidades com uns 20 mil e poucos habitantes, e se parar numa com 200 mil para mais, é consideravelmente uma grande diferença.

Igual a outros vários universitários, uma das nossas diversões é ir para o “boteco” mais próximo beber e conversar. Falar sobre as aulas, sobre planos variados (e desvairados, por vezes), sobre a educação familiar, sobre como é lidar com o pré e o pós faculdade, sobre enchentes em Santa Catarina, sobre garotos.... Afinal como diria Alcione e o Tim Maia “mesa de bar é lugar onde tudo pode rolar”.

Se alguém nos conhece nessas horas, espero que compreenda o dialeto que falamos e o jeito como agimos, pois como diria a minha mãe: “Vocês parecem uns gurizinhos!” Falando na minha mãe, daqui a pouco ela me liga, para falar de como foi o seu dia dedicado à casa, como são todos eles. E eu vou falar da minha ultima saída a POA em que tive que aguardar, junto aos guardinhas e barmen da “rodô”, o próximo ônibus que me trouxesse de volta as terras do calçado. Provavelmente a reação dela será preocupação e gozações da situação em que eu estava, respectivamente.

Porque, apesar da Dona Lena (minha mãe) ser dona de casa, ter largo a faculdade faltando pouco para ter o tão aguardado canudo na mão, estar com meu pai até hoje e dizer que não se arrepende de nenhuma dessas decisões. A D. Lena aceita (quase) tudo e todas as opiniões e formas de ser dos outros...Não compreende sempre, é verdade, mas aceita o fato das pessoas serem Elas Por Elas mesmas. Ah, sim! Ela, também, ama novelas e a “Grande Família”, claro.

Voltando para mim e as gurias, que hoje já debatemos assuntos filosóficos, idealizarmos mundos e pensarmos em fundos monetários, além de e termos “open mind” pra tudo, principalmente festas e pessoas. Nesse momento, uma está lendo o livro “Ele Simplesmente não Está Afim de Você” (da roteirista do Sex and the City) e a outra esta fascinada com a novela das seis. E eu vou finalizando essa redação (como me disseram para encarar) considerando que Mulheres modernas, a frente de seu tempo não precisam de alguém que lhes digam qual é o último grito da moda, não precisam se apoiar num trabalho e sua renda para demonstrarem algo ou não deixar que uma homem lhes sustente.

Mulheres que aceitam e tenham atitudes que condizem com a sua personalidade, as garotas conscientes da sua liberdade de expressão, são elas, somos nós, que faremos anos, como o de 68, ficarem marcados - Momento aula de história: Essa foi a década que aconteceu as maioria das revoluções juvenis quanto política, estética e cultura que houve nos últimos tempos. Foi quando a Rita Lee e sua grupe se juntaram para formarem Os Mutantes, banda referencia no cenário musical.

Assim como será a partir de nós que acontecerá outras Semanas da Arte Moderna, para revelar as Tarcila’s do Amaral espalhadas pelo povo brasileiro. E, diga-se de passagem, as muitas Pagús que temos por aqui.