segunda-feira, 29 de março de 2010

Alguns dias atrás, um amigo falou que não voltaria a gostar de alguém como ele gostou no passado...

Algumas aulas atrás, a professora falou que estilo não significa a rotulagem que ganhaste enquanto ser-social. E que muito menos essa palavra diz se você esta na moda ou não! Estilo é o conjunto de características que te destacarão dos demais. O andar, o jeito que mexe no cabelo, o olhar... Tudo que compõe Você!

No mesmo dia, que meu amigo comentou aquilo, nós rimos ao lembrar do jeito molengo do andar da nossa amiga que partilhava um pedaço daquelas tábuas na mesa do bar conosco. Ela tem um cursar mole que se harmoniza com o sorriso de quando vê alguém conhecido. Aquele jeitão que nos faz a reconhecer de longe. Só ela tem!

Uns anos atrás, falei as mesmas palavras do meu amigo... Me sentido ‘A’ Scarlet O'Hara disse que Jamais me entregaria daquele jeito novamente! Que aquele sentimento perturbava demais uma mente sana... Imagina uma insana como é a minha?!
Deixar alguém cravar tão a fundo um anseio que faz o estômago criar precipícios, que faz a mente parar de raciocinar e o impulso ser o comandante das nossas atitudes?!
Não, jamais... Jamais.

Jamais sair pela rua com um fone de ouvido e rir como boba enquanto espera o farol abrir; jamais perceber que está de olhos fechados dentro do ônibus, rindo de uma lembrança boba; jamais olhar pro lugar do primeiro beijo e sentir aquele calafrio; jamais deitar no ombro durante a festa e sentir o abraço que te faz ser única no meio da multidão... Jamais... Não, jamais ficar sem isso!!
O tempo passou e percebi que meu estilo de gostar é assim... Doador. Não existirá o que aconteça em minha vida amorosa que me fará demonstrar esse afeto diferentemente. Jamais poderei amar diferente.

Não quero dizer todos os amores são iguais, até por que não creio nisso. Cada um, cada qual! Cada relação tem sua própria natureza. Não irei com certeza escrever a letra de uma música num lençol de solteiro de novo, quem sabe na próxima será num de casal?!

Entretanto, não acredito que conheço o sentido figurado da palavra Amor . Conheço sim o amor de filha, o amor de irmã, o de amiga... Mas esse, que o poeta faz ser o seu vulcão mais ativo, a sua fonte terna mais preciosa para as palavras, esse desconheço. Conheço sim a paixão, aquela que dilacera que machuca e nos faz forte para amar de verdade.

O tempo traz muitas épocas, épocas em que estamos preparados e épocas que estamos aprendendo. Dependendo da lição, o relógio toma formato de anos...

Mas sabe?! As reticências acabam em ponto final...